quinta-feira, 3 de abril de 2014

A narrativa da vida em histórias

Existem histórias e mais histórias no universo em que vivemos, seja ela bela, curta, feia ou longa, seja onde e como for, não importa, ela compõe e materializa uma imaginação fora da realidade. As histórias que conto aparentam ser sempre vazias, sempre o acaso do caso, mas são histórias, são simples.

A história que descrevo é a história que vivo, são as histórias da vida, a vida que de bela nada mais é do que vida. Compreender o sentimento e a necessidade das histórias se torna essencial para o caminhado da humanidade. Saber que por trás de toda história existe personagens, existe um sentido e uma necessidade.

Talvez a necessidade de se completar o vazio de um ser, um ser que aparenta não ter histórias, mas por longos anos as viveu da mais diversa forma. Quantas foram as vezes em que completava-se a frase monótona e chata das experiências frustradas? Quantas foram as vezes em que não esteve na descrição da mais bela piada? Ou mesmo nas formas da forma de arte que seus amigos inventavam?

Compreender que o intuito da vida é ser história nos torna completo e alimenta o vazio que aparentamos sempre carregar. Somos seres vazios e incompletos por natureza, e, dependendo da sua ambição e compreensão de mundo, sempre seremos.

Saliento que a vida é história, pois vivemos por história e contamos uma a cada dia, o difícil é compreender que dessa história somos personagens cruciais, somos quem contamos e por contar decidimos nosso real destino.

Aparentamos ser guiados por um destino que já foi definido, um destino surreal muitas vezes, mas longe do inimaginável, e, somente quando percebemos que o destino não nos compreende é que a ficha cai e nos tornamos narradores, até esse ponto nada mais somos do que coadjuvantes.

E então nos guiamos pela eternidade da vida, a vida que, por ser história, pode ser bela, pode ser longa, pode ser curta e pode, muito bem, ser feia. Mas devemos entender que ela sempre terá beleza, sempre terá longevidade, sempre terá seu curta-metragem e, imprescindivelmente, terá sua feiura.

A intensidade que cada fase e momento acontece e dura é totalmente dependente do ser em questão, e se perpetuará da mesma forma. Do ser que matuta e repensa, infinitas vezes, como definir sua existência, como torná-lo compreensível ao seu destino.

O que não sabe, esse ser, é que o destino, nada mais é, do que o fim da linha de sua própria narrativa. A narrativa onde temos nossos coadjuvantes, onde temos nossos papeis e onde sempre teremos nossa imaginação.

Fazer da vida uma história é tão singelo e simples como as delicadezas de uma rosa, é o Whisky de um burguês, é um vinho de um italiano, é a beleza em sua mais pura forma.

Afinal, vida e a arte em movimento e história é a vida por escrito.

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