sábado, 24 de abril de 2010

A Inquietante Adoração

O ciúmes as vezes me consome
Me domina e me obriga
Torna-me surdo e mudo
E tudo fica invisível

Me sinto fora de sua órbita
"Acho que ela não me escuta mais"
Não quero te fazer chorar
E se quer guardá-la no bolso

Tremo e te magoar não é meu mundo
Mas não consigo, respiro incansavelmente
Meu coração palpita
Nada adianta, continuo sem direção

Ciúmes, a criança birrenta
Por mais que você não queira
Ela ainda quer
E bate o pé

Segurança não se compra
Mas por que?
Se chego a vende-la!?
É tão contraditório

Amor e mundo são quase inimigos
Essa é a única explicação para mim
Me pareço tão vulnerável
A ladrões de carinho

Mas de mim ninguém tira
E tenho ciúmes até de seu cabelo
Só minha. Possessivo sim!
Te quero além da vida.

São expressões de um coração falante
Cheiro de um beijo perfumado
Lágrimas de um carinho sorridente
Sou apenas amor

Sou apenas..... um cara ciumento

Haja o que houver, nunca esquecerei!

O ser humano nunca está contente com suas atitudes, elas sempre podem ser melhores, e talvez essa ambição sempre o atrapalhe, torne as coisas mais difíceis e de certa forma egoístas.
Hoje nós vivemos em um mundo completamente egoísta, são guerras políticas, onde o verde sempre fala mais baixo e o ouro mais alto. E como sempre nosso planeta está gritando.
Mas de que adianta eu gritar, ou o todo gritar? Será que haverá alguma mudança?!
As vezes penso que vivo em um ciclo, e que esse ciclo está perto do fim, para assim começar tudo de novo. É como se a terra tivesse vida, e sua vida estivesse perto do fim e uma nova terra estivesse nascendo.

Ontem assisti um filme interessantíssimo e ao mesmo tempo extremamente triste, The Road é o nome do filme, no Brasil, A Estrada. Trata-se de mais um filme realizado em um ambiente pós-apocalíptico, onde a terra não passa de um mar de cinzas e míseros sobreviventes.
Se o filme é bom? Com a boca cheia respondo que sim, não é mais um clichê ao estilo de Fim dos Mundos, ou 2012 ou até mesmo O Dia em que a terra parou. É um filme fora do comum. Começando com o fato de os personagens se quer terem identidade, termina o filme e você fica sonhando qual é o nome deles, o que me leva a pensar que tudo se perdeu durante o "Apocalipse", inclusive a própria identidade deles. Existem gangues canibais que "criam" pessoas em calabouços para comer futuramente. Um garoto criado em um ambiente completamente hostil, se quer sabe o que é uma Coca-Cola, e aqui, quem assistir, entenderá. Nunca viu alguém da mesma idade que ele e sempre dividindo, como ele próprio denomina, The Good Guys e The Bad Guys, um garoto que tinha tudo para ser alguém sem alma, alguém sem coração, mas ai é que percebo como uma criação faz toda a diferença, e é nesse momento que ele própria diz: Always Carrying The Fire.

Se hoje tratássemos o mundo com uma era apocalíptica, se tudo não passasse de uma grande fumaça cinza e comer grilos fosse necessário. De que lado você sentaria no ônibus?
Seria necessário chegarmos a um ponto crítico como o do filme para perceber onde estão os Bad Guys, ou se você é um Good Guy?
A loucura predominaria, eu concordo com isso, e voltaríamos a estaca zero da evolução humana, de certa forma conviveria novamente com macacos (apesar de muitas vezes achar que ainda convivo).
Enquanto alguns dormem em travesseiros de pena e comem comida quentinha, outros sobrevivem em pedaços de tronco, entre o mato e a água e comem resto de animais.
Como diria Maurício Baia, "Talvez por dinheiro um dia até explodirias o mundo inteiro e eu queria ser teu travesseiro quando se vês apenas como mais um a chorar"


Always Carrying The Fire!