sexta-feira, 6 de julho de 2012

A Infantilidade da Curiosidade de um Homem e o Fim de Mais um Ciclo!

Os ciclos fazem parte de um todo que denominamos de vida. Essa que, de longe, é a mais bela de todas as artes. Essa que prega peças quase sempre visando o melhor, desafiando em todos os sentidos.

Soube desde os primeiros segundos que não seria fácil, e nunca será, e eu ainda questiono, adianta ser?
De marasmos e simplicidades vivem os vazios.

Os ciclos da vida são diversos, até os 6 não sabemos se quer quem somos, o que queremos, o que seremos, o que vemos. Mais cedo ainda, nem falar é algo importante, apenas a curiosidade do mundo, melhor ainda, a curiosidade da vida. E essa curiosidade é o principal combustível.

Mais adiante, começamos a época dos aborrecimentos, rebeldia, desconfortos. São inúmeros os meios e os motivos que nos incomodam, sempre sem razão, simplesmente porque não sabemos ainda o que somos, muito menos o que queremos. E no fim nossos pais sempre tem razão, e eu sou preciso quando digo que é sempre.

Então chegamos a época em que descobrimos o que queremos da vida, mas ainda não temos a maturidade e a sabedoria pra ser preciso na escolha, muitos retornam ao zero, outros tantos são certeiros. Independente disso, iniciamos uma etapa que muitos julgam ser a melhor da vida, mal sabem eles que o melhor da vida, é a própria vida.

Enfim, essa etapa chega ao fim, para mim, mais precisamente, dia 27 de julho, chega ao fim mais um de milhares ciclos do cotidiano viver. Chega ao fim o ciclo universitário.
Ao longo desses 5 anos e meio, diversas foram as minhas aventuras, melhores que elas, são os aprendizados que proporcionam. Lembranças circulam a mente como ao fim de todo ciclo, foram festas, foram aulas, foram dias, noites e madrugadas, foram provas, trabalhos, medos, confusões, sorrisos e choros.

Agradeço aos professores, principalmente aqueles que me apoiaram e deixaram eu levar o ciclo da forma que me sentia mais confortável. Mas aqueles outros que fizeram o meu lado autodidata surgir, também merecem um obrigado, ajudaram a desvendar maneiras e caminhos que eu ainda não conhecia.

Agradeço aos amigos, talvez os mais próximos em cada momento desse ciclo, afinal foram eles que batalharam lado a lado, seja de forma extrovertida em meio a confusões de um futebol, ou de forma centrada entre estudos e trabalhos. Independe da forma, foram vocês o primeiro dos quatro pilhares que sustentaram a harmonia desse ciclo.

Agradeço ao amor, meu apoio mais profundo, talvez a única a me ver entre choros e mal humores, sempre me esperando com um sorriso mesmo quando não o tinha. Foi o segundo pilar que sustentou a alegria deste ciclo e me fez chegar ao fim de mais uma maratona da vida.

Agradeço a família, a mais fundamental de todas as fontes, são os olhares do futuro, a razão em meio a tanta confusão. São os fundamentos do meu cotidiano, suportando o insuportável, acalentando o acalentável. Fizeram do impossível uma simplicidade, do confuso uma racionalidade, do amor uma forma física. Foram o terceiro e quarto pilares, e seriam o quinto se fosse necessário.

É o início de um novo ciclo em meio ao fim de um velho. Parafraseando um amigo, é o que separa o menino do homem. Talvez nunca me sinta um homem, pois dentro desse ser vive uma criança eterna e curiosa, mas a vida exige e a maturidade permite que eu me porte como um.

Agora é buscar novos caminhos, enfrentar a escuridão desse futuro imenso de peito aberto e pronto para levar a primeira porrada, pois sei que ela virá. Mas uma criança sempre levante depois que cai, pois a criança quer brincar, quer descobrir o mundo, desvendar os mistérios, como um pequeno Sherlock Holmes. E a vida nada mais é do que milhões de mistérios a serem desvendados, existe um mundo inteiro a ser descoberto, existe muito mais da vida a ser vivida. 

E eu, sou apenas uma criança curiosa, louca para saber o que vem agora!