quinta-feira, 15 de maio de 2014

O equilíbrio sobrenatural entre as antíteses de uma complexidade.

Quando chegamos ao mundo mal sabemos por onde começar, são tantas descobertas e desventuras, seguidas por mistérios e ações. O olfato nos enchem os olhos de lágrimas, o tato nos faz perceber as texturas e harmoniza com a visão e por fim a audição que tanto nos ilumina em uma melódia do cotidiano.

Mas de tudo que descobrimos no universo paralelo de nossas vidas, são os relacionamentos que nos trazem a alegria de viver, e como primeiro relacionamento, desde a barriga, temos nossas mães, que carregam mundos e fundos nas costas para satisfazer a única e bela vontade de uma nova vida.

E de lá brota a família, essa que nos cria e recria, pinta e repinta. Família talvez seja a palavra com os mais diversos significados no mundo, podemos ser união, como podemos ser confusão, amor como ódio, e ambos ao mesmo tempo, pode ser ternura e tortura, também ao mesmo tempo, mas independente do acaso ou caso, somos e sempre seremos uma família, quer queiramos ou não, quer podemos contar ou não.

De todas as propostas tirei a sorte grande quando decidi ganhar minha primeira disputa na vida, cai nos braços de uma divina comédia que chamo de família. São tantos acasos, aventuras, histórias e complexidades que pouco caberia em um  romance de 7 fascículos.

Em tantas confusões achamos razões para viver e sobreviver aos complôs do universo e suas tragédias, talvez por nos completarmos das mais diversas formas, enquanto temos a perseverança e coragem de um desbravador de um lado, temos o equilíbrio e a sabedoria de um mago medieval do outro, enquanto temos o impulso e a ternura de uma pré-adolescente de um lado, temos a razão e a paixão de um monge budista de outro, e a conexão entre ambos é absurdamente natural e plena quanto a própria natureza do universo.

Ainda temos dois tentáculos advindos das aventuras desse equilíbrio sobrenatural entre paixão, confusão, sabedoria e impulsão, que são tão antagônicos e similares quanto a água e o vinho. De um lado absorveu-se a perseverança, razão e determinação dignas de horas e mais horas de meditação do velho monge budista citado anteriormente. Do outro a paixão, equilíbrio e impulsão tão similares que faíscas saem sempre que se cruzam.

Descrever uma família que de tão complexa, nem o sobrenome escapa, chega a ser uma guerra entre dois mundos, mas ela se resume em apenas uma palavra União, e não é uma união simples, ela é aventura de uma série de fatos e atos, são escolhas calculadas e incalculáveis que nos fizeram chegar ao extremo de um conjunto. Somos razão e emoção ao mesmo tempo, pois somos equilíbrio e insanidade, e são esses contra pontos que nos tornam únicos e tão centrados em apenas um amor, entre nós.

Foram tantos textos e mais textos escritos, lidos, reescritos e relidos para enfim expressar em palavras o significado que trago desde que me conheço por gente, um significado que na infância desconhecemos, na adolescência odiamos, na faculdade provocamos preocupações e na maturidade agarramos com todas as forças e buscamos transparecer da melhor maneira possível.

CAEM, as iniciais de um círculo, pois não há início, não há fim e não há cantos, somos assim, unidos por uma volta completa da vida e assim seremos independente da mágica do universo, pois isto só depende de nós, e nós não precisamos expressar o quanto somos capazes de provocar o impossível dentro das nossas possibilidades e oportunidades.

Somos a união de forças sobrenaturais e surreais, pois família, para nós, é a mais pura vontade de amar a vida.