domingo, 8 de fevereiro de 2015

Mundo Velho no Inverno - Últimos dias e conclusões

Fala meu povo!

Não há muito o que ser declarado dos últimos 2 dias, até porque só retornamos para Dublin, devolvemos o carro e ficamos aproveitando como dava.

Mas muitas coisas se confirmaram na minha cabeça nessa viagem, talvez como primeiro ponto a diferença que un intercâmbio faz a um ser humano!

Para quem não conhece a Renata ela era aquela típica garota perdida, apesar de ter se virado como pode em Blumenau, ela tinha uma mente diferente, dificuldades pra compreender como as outras cabeças pensavam diferente da sua!

Era estabanada, com o olhar vago, por vezes acomodada, é como diríamos no bordão, garota do mato! Eu teria desconfiança em entregar tarefas pra ela, não por achar que ela seria incapaz, e sim por achar que faria de qualquer jeito!

Hoje a Renata é um novo ser humano, ela compreende que o mundo é humano, que as relações interpessoais são fundamentais para o futuro, ela é observadora, inquieta e curiosa!

A Renata hoje é um orgulho para mim, sem medo confiaria nela de olhos fechados para o que for, além disso, ela finalmente descobriu seu caminho, e depois de poucas e boas na Irlanda, ela hoje chorará rios quando for embora!

Mas o mais importante, ela hoje tem uma história de vida riquíssima, que com certeza abrirão diversas portas pra ela, fora as que ela já deixou abertas em Dublin!

Além disso me enojou um sentimento que até eu carregava em certos momentos, o ato de fazer por medo da consequência e não por ser o certo! Confuso? Vamos a um exemplo!

Na Europa muitos meios de transporte se quer tem catracas, mas isso não significa que é gratuito, é pago! Foram diversas vezes que os paguei por medo de ser multado, e não porque é o certo a fazer, e foi o que refleti diversas vezes, eu devo fazer as coisas por serem certas, por favorecerem o crescimento econômico, o desenvolvimento social, e não para me blindar de uma consequência!

Além disso a pressuposição de que o ser humano é do bem, nós brasileiros, culturalmente somos desconfiados, o que gera mais desconfiança, além de criar o sentimento de impotência e eterna vítima, provocando ações que julgamos como represálias ao sistema, isso beira o ridículo, é podre e nojento!

Eu sei que na sociedade que vivemos certas situações dificultam isto, mas que tal tentarmos enxergar o próximo com menos desconfiança, e ao invés de pressupor que ele pode ter atitudes criminosas, pressupor que ele é um ser tão do bem quanto você!

Em resumo, fica escancarado quantos mil anos luz eles estão a frente de nós, em tudo que é possível imaginar, seus pensamentos sempre advém da bondade, do crescimento coletivo, se sentem donos de tudo que usufruem, cuidando com prazer e ninguém está em nenhum local para servir o outro, eles são coletivos, eles entendem que um pouco faz, mas juntos todos fazemos, e fazemos muito!

Não sei quanto tempo sobreviveremos nessa mesmice, mas não prevejo muitos anos saudáveis pela frente! O meu futuro eu já sei onde e como vai ser, e o seu?

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