sábado, 9 de fevereiro de 2008

Hei você aí me da........

O abre alas que eu quero passar, o abre alas que eu quero passar, eu sou da lira, e não posso negar, rosa de ouro, é que vai ganhar........... Ai ai, essas marchinhas de carnaval, era bom a época onde era essa a realidade, ai ai! Quando as drogas não existiam, onde cigarro era só em filme, e o melhor, quando as pessoas só bebiam água com bolhas, o.O!
Pidiu pra para parou......... éééé meus queridos colegas marinheiros, hoje em dia o que escutamos nas noites turvas devido a grande quantidade de terríveis partículas suspensas de fumantes é aqueles TUTIZ TUTIZ INOCOBICOBOCONAI OU NAI OU NO, AMIGO SIM, Crew Crew Crew, Piri pipiri pipiri piri pirigueti! Que P O R R A de carnaval é esse?!
Eu mato Eu mato, quem roubou minha cueca, pra fazer pano de prato... digam para mim, por favor, D I G A M, as antigas marchinhas não era M U I T O mais animadas?! Magine você fazendo o famoso trenzinho de carnaval ao som de Carmem Miranda com, Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar!!!
Me recordo como se fosse ontem, eu metade no saco do meu pai e metade no ovário da minha mãe, saltitando pra lá e pra cá, naquele belíssimo Carnaval de rua, com a garrafinha de água mineral na mão, rasgando as cordas vocais com a frase "Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é, será que ele é"!

Bom, vamos ao que interessa! O Carnaval para mim foi um tanto quanto surpreendente, imagine como começou e entenda porque foi surpreendente, as 4 da tarde era o horário que eu deveria embarcar em um ónibus sentido a Caçador - SC, logo que desço do carro em frente a rodoviária a memória, que, como já disse algumas vezes por ae, é fraca mais ajuda, fez com que me lembrasse que olvidei minhas passagens no cômodo onde todas as noites meus progenitores deitam para acalmar os nervos de um longo dia estressante, porque, como todos sabem, trabalho estressa, por mais cobiçavel, pamparra, saborido, sabável, seja, tendo então que comprar uma nova passagem, correndo o risco de perder o ónibus, mas com grande sorte e muita fé eu conseguir subir as escadas do automóvel de algumas rodas a mais que o carro!
É, a viagem corria tranquila, saudável e relaxante (alguém, por mais tonto ou tranquilo que seja, algum dia fez uma viagem de ónibus relaxante?! Eu corto a parte mais comprida do meu corpo fora! E, quem pensou que eu me referia ao meu amigo pénis está mais para Bagda de errado do que o Lula estava quando ofereceu bebida alcoólica ao maior representante de uma religião onde é proibido o consumo desse tipo de "suco", ai ai, que "burinho", é evidente que me referia ao nariz queridos ledores) quando então a nossa amigável Receita Federal decidiu, assim, sem mais e M U I T O menos, parar nosso belíssimo e bem equipado ónibus, maravilha, ficamos suavizando no acostamento enquanto nossos acolhedores agentes da Receita verificavam o ónibus, tiramos um cochilo de 1:30 no chão batido, empoeirado e barulhento (sim.. era uma via bem movimentada a qual estávamos), o que mais me chamava a atenção é a delicadeza com que os federais tratavam as malas, pareciam até elefantes numa loja de cristais, tão fofos, conseguimos seguir caminho depois de algumas malas apreendidas e muito choro, pra vocês verem como sou azarado, alguns dias antes, quando vinha de Santos - SP para Foz do Iguaçu - PR, pela empresa Pluma de viagens, eu e meu primo, que não é exatamente primo, quase perdemos o ónibus, tivemos que sair correndo atrás dele gritando para parar, observem!! Mas não vamos fugir de nosso tema, enfim, cheguei a Caçador, cidade de interior, com pouco mais de 90 mil habitantes, vive da indústria madeireira e derivados, fria pra caramba, pra não dizer caralho, eu pensei comigo "Carnaval, em Caçador?! Ixi to vendo que vai ser ruim!"!
Como minha "pequena" avisou, o bom de lá era entrar em um bloco, pois assim fizemos. Logo que cheguei na tão esperada concentração do bloco me assustei, no sentido bom é claro, pela gigantesca quantidade de gente, parei e pensei "acho que caçador inteira está aqui" (Os nativos que me perdoem, mas é que a cidade é realmente pequena sabe!) imagine, meu amado Suco de Cevada completamente de graça, peguei o caneco que ganhamos e fui direto me servir, fantasie aquela bela cachoeira dourada formando pequenas quantidades de espuma graciosa, branca e cremosa, com meu caneco inclinado em perfeitos 45º, como tem que ser e ve-lo preenchido até a tampa, deixando os 3 dedos de colarinho para não perder o sabor, a temperatura e o aroma, observei por alguns instantes todo aquele mar áureo que completava todo o pensamento, encostar os lábios nas nuvens brancas que molham sua boca e sentir o gelo dourado bater no fundo da língua, ocupando cada espaço da boca, todos entre os dentes e com uma bela golada me sacio da imensa vontade de ocupar meu estômago com esse elixir que o todo poderoso nos cedeu, e assim foi, por todas as noites o mesmo ritual! Mas, o que mais me admirou foram as músicas tocadas, claro, como em todo o Brasil tocou as modinhas, porém tocaram músicas boas, antigas, marchinhas e clássicos de Carnaval, sem contar o poder de animação que o povo Caçadorense tem, você poderia estar com a depressão mais profuda, aguda e desesperada que fosse, todo aquela maré de alegria, toda a simpatia, sorrisos estampados em todos os rostos, cadeiras balançando para lá e para cá, os integrantes do bloco incorporando deuses após algumas goladas de elixir áureo, tudo parecia se completar, como se o som fosse a última peça do quebra-cabeça e você senti-se aquele gostinho de realizado a cada nova música, é meus caros, um Carnaval como nunca antes presenciado por mim surgiu diante de meu nervo ocular e todos as células capitaram cada milímetro daquela maré de bem-estar!
Acho que agora entenderam porque fiquei maravilhado com o Carnaval?!

Depois de jogar meu Blog para as traças decidi fazer as pazes com o teclado e o dicionário (tanto o de sinónimos quando o de português) e colocá-lo novamente a ativa! Quem sabe logo conto de minhas viagens de férias!

Mas é isso, até amanhã se Deus quiser, se não chover, eu volto pra te ver, ó mulher, de ti gosto mais, que outra qualquer, não vou por gosto, o destino é quem quer!

Chegou a turma do funil, todo mundo bebe, mas ninguém dorme no ponto, aí, aí, ninguém dorme no ponto, nós é que bebemos e eles que ficam tontos..... Lalarilalarilalarou!


FUI-ME



Créditos aos Autores Músicas: Chiquinha Gonzaga, Carlos Mendes, João Roberto Kelly, Noel Rosa e Braguinha!
Forte Abraço a todos!

Um comentário:

Unknown disse...

grande marcelo..
muitas aventuras começo de ano hein..
ficou muito fera teu texto brother..
vc não imagina a minha surpresa ao resolver dar uma olhada no teu blog e perceber que finalmente voltou de férias e com um belíssimo texto.. =)

abraço ae brother..